Atualmente nota-se uma sociedade conectada as novas tendências e otimizações das formas laborais imposta pelo mercado de trabalho que está ampliando exigências para que os profissionais se mantenham produtivos e competitivos. Uma destas exigências é a adaptabilidade dos profissionais ao teletrabalho. Diante deste panorama, atenção deve ser dada as necessidades ergonômicas dos trabalhadores no ambiente de teletrabalho. Nesta pesquisa, busca-se analisar à luz de um estudo de caso, as condições ergonômicas físicas de teletrabalhadores de uma empresa de telecomunicações de Curitiba-PR, com base técnica do que preconiza a norma regulamentadora 17 (NR17), sugerindo adaptações quando necessárias, nos postos de teletrabalho dos colaboradores pesquisados para medir possíveis influências da ergonomia na produtividade. O estudo de caso apresenta característica descritiva e quantitativa, abordando pesquisa de campo. Os dados foram coletados por meio de pesquisas-questionários, relatórios de produtividades históricos, relatórios de produtividades com pós adaptações ergonômicas e dados de saúde coletados por meio do diagrama de Corlett e Manenica, sempre adotando como referência a NR17. Posteriormente, com base na norma e nas observações, foram realizados apontamentos sobre a temática e o contexto específico estudado. Como resposta ao objetivo, percebe-se que as condições de teletrabalho dos colaboradores participantes da pesquisa não estavam adequadas de acordo com a NR17, bem como foi perceptível o reflexo destas condições no diagrama de Corlett e Manenica, que capta desconfortos e dores dos colaboradores. Visualizou-se que houve uma queda de produtividade quando comparado os períodos de trabalho de cada colaborador nos ambientes “empresa e “casa”, com melhora de 23,65% no desempenho após a as adaptações ergonômicas sugeridas. Conclui-se que existe a necessidade de um acompanhamento mais próximo das empresas que queiram adotar esta modalidade de trabalho, avaliando as condições ergonômicas por equipes especializadas que meçam o conforto e segurança da atividade, contribuindo para que não haja desenvolvimento de doenças ou dores crônicas e minimize impactos na produção destes colaboradores.
Currently we notice a society connected to new trends and optimizations of the ways of working imposed by the labor market that is expanding demands for professionals to remain productive and competitive. One of these demands is the adaptability of professionals to telework. Given this panorama, attention must be given to the ergonomic needs of workers in the telecommuting environment. In this research, we seek to analyze in the light of a case study, the ergonomic conditions of teleworkers in a telecommunications company in Curitiba-PR, with technical basis of what is recommended by the regulatory standard 17 (NR17), suggesting adaptations when necessary, in teleworking positions of employees surveyed to measure possible influences of ergonomics on productivity. The case study has a descriptive and quantitative characteristic, addressing field research. The data were collected through questionnaires, historical productivity reports, productivity reports with post ergonomic adaptations and health data collected through the Corlett and Manenica diagram, always adopting the NR17 as reference. Subsequently, based on the norm and on the observations, notes were made about the theme and the specific context studied. As an answer to the objective, it was perceived that the teleworking conditions of the employees participating in the research were not appropriate according to NR17, and it was also noticeable the reflection of these conditions in the Corlett and Manenica diagram, which captures discomforts and pains of the employees. It was observed that there was a drop in productivity when comparing the working periods of each employee in the “company” and “home” environments, with a 23.65% improvement in performance after the suggested ergonomic adaptations. We conclude that there is a need for a closer monitoring of companies that want to adopt this work modality, evaluating the ergonomic conditions by specialized teams that measure the comfort and safety of the activity, contributing to avoid the development of diseases or chronic pain and minimize impacts on the production of these employees.
Data da defesa: 24/02/2021
Banca Examinadora
Orientador (a): Eduardo Marques Trindade (Lactec)
Membro da Banca: Lúcio De Medeiros (Lactec)
Membro da Banca: Ana Paula Oening (Lactec)
Membro da Banca: Eduardo César Dechechi (UNIOESTE)
Palavra(s)-Chave: Teletrabalho; NR17; Produtividade; Ergonomia Física; Telecomunicações; Home Office.
Keywords: Telework; NR17; Productivity; Physical Ergonomics; Telecommunications; Home Office.